quarta-feira, 30 de julho de 2008

Seu desktop está nas nuvens

Empresas e usuários aderem ao cloud computing, tendência que transfere a responsabilidade de guardar arquivos e programas do computador em servidor terceirizado na internet



Grandes empresas, gerentes de TI e logo, logo, todo usuário de PCs estarão não só com a cabeça, mas com os arquivos, aplicativos e todo o resto da vida digital nas nuvens. É o que dita o cloud computing ou computação em nuvem, o novo termo da vez do mundo da tecnologia. A idéia é simples e radical: tirar tudo de dentro do computador, sejam programas de escritório, softwares de gestão, arquivos e até sistemas operacionais, e colocar em um servidor terceirizado. Para acessar todas essas ferramentas e dados virtualizados, o usuário deve entrar na internet e, através do browser (também na nuvem), entrar no banco de dados onde seu desktop está armazenado.

Dados da consultoria americana Merrill Lynch, apontam que o mercado de computação em nuvem, que envolve tráfego de e-mails, desktops e escritórios virtuais e softwares de gestão correspondem a um universo de US$ 100 bilhões no mundo todo. Em 2011, diz uma pesquisa da Merrill Lynch divulgada no ano passado, pode chegar a US$ 160 bilhões, sendo US$ 65 bilhões só de propaganda online.

Para as empresas, levar o ambiente de trabalho para dentro da internet, chamada de nuvem no início da era digital, pode reduzir custos pela metade. Atentos ao usuário doméstico, gigantes da informática, como Microsoft e Google, apostam no modelo de desktop online e já disponibilizam serviços de editores de documentos e começam a desenvolver sistemas operacionais totalmente online.

A computação em nuvem pode proporcionar mais segurança, pois o computador virtualizado se encontra protegido dentro da estrutura de um servidor. O formato, no entanto, tem inimigos. Emergências de queda de rede, como o apagão ocorrido em São Paulo há algumas semanas, são os principais deles. No caso de falta total de acesso à rede, usuários ficariam sem acesso às suas informações. A maioria dos fornecedores de soluções, no entanto, usam mais de um link com a internet para evitar a indisponibilidade aos dados.

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